Em janeiro estive na UFF, participei da última aula de um curso da pesquisadora Martha Ribeiro.
Fui conversar sobre Insulto ao Público.
E lá e em casa li novamente. Li e me ouvi novamente.
Fiquei instigado.
Agora retomo minha leitura encenada em situação completamente diferente.
Sem elenco. Seria eu ali um ator? Eu? Não! Ele!
Não seria ele o encenador? Só presenciando pra saber.
Só. E no Teatro. Sem a sua presença falarei no vazio. Mesmo. Farei feito o ator italiano Giovanni Mongiano e seu “Improvisações de um ator que lê”.
A conexão italiana anda intensa. Estarei na Scuola di Cultura, na Sala Pirandello.
O teatro dentro do teatro. Humorismo e melancolia.
Como diz Italo Calvino:
“Assim como a melancolia é a tristeza que se tornou leve, o humor é o cômico que perdeu peso corpóreo”
Farei a leitura encenada de Insulto ao Público investigando modos de falar entre humor e jogo cênico.
Terceira versão. Final cut. Três dias de Ensaio aberto.
Falarei no vazio? Ser espectador hoje: como filtrar, como respirar o que vem de fora?
“Os senhores são o tema. Os senhores estão na mira. É dos senhores que pula a faísca para nós.”
“Este é um jogo de palavras.”
Texto: Peter Handke. Tradução: George Bernard Sperber.
Arte visual: Carlos Mattos. Fotos: Rafaela Freitas e Fabio Cordeiro
Participação: Pedro Paulo Rangel.
Encenação: Fabio Cordeiro
MAIO. SEXTAS. 20H. 05, 12 e 19. SCUOLA DI CULTURA. SÃO FRANCISCO. NITERÓI.